A feminização facial é considerada um grupo de procedimentos cirúrgicos derivados da cirurgia plástica e cirurgia craniomaxilofacial com o objetivo de alterar as características masculinas de uma face. Essas técnicas podem ser usadas em pacientes do gênero feminino (mulheres Cisgêneros) que possuem traços marcadamente masculinos ou, com maior frequência, usadas em pacientes transgêneros do masculino para o feminino (MtF).
O diagnóstico e plano cirúrgico são baseados em uma combinação de avaliações esqueléticas através de radiografias, medições antropométricas, tomografias computadorizadas, fotografias e programas de computador. A autoavaliação da paciente e, principalmente a experiência do cirurgião são muito importantes para ajudar no planejamento cirúrgico.
Várias técnicas podem ser empregadas para feminizarmos uma face, entre elas:
1- Frontoplastia- Ossos da testa e das orbitas
2- Cantopexia- Canto dos olhos
3- Contorno Facial – mandíbula e mento
4- Condroplastia do Pomo de Adão
Técnicas faciais que podem ser associadas:
1- Lipoenxertia
2- Plastica dos zigomas (maçãs do rosto)
3- Lip lifting
4- Orelhas em abano (otoplastia)
5- Blefaroplastias ( pálpebras)
6- Lifting facial
Técnica de frontoplastia
A cirurgia consiste em se fazer uma incisão na região do couro cabeludo, podendo ser intracapilar (escondido dentro do cabelo) ou na linha capilar. É importante dizer que, sempre que houver necessidade de avanço de couro cabeludo, a incisão deve ficar na linha capilar. Cada cicatriz possui um comportamento diferente de acordo com a textura da pele, oleosidade e coloração. A maioria das cicatrizes desenvolvem boa aparência ao longo dos anos, porém, podem existir casos de cicatriz hipertrófica, hipopigmentada ou atrófica.
A frontoplastia tipo I é aquela realizada por desgastes ósseos seleti- vos através de instrumentos rotatórios e remodelação das órbitas. Não há retirada de porções ósseas ou o uso de miniplacas e miniparafusos. Essa técnica é indicada para pacientes com tábua óssea frontal espessa e pouca projeção.
A frontoplastia tipo I é aquela realizada por desgastes ósseos seleti- vos através de instrumentos rotatórios e remodelação das órbitas. Não há retirada de porções ósseas ou o uso de miniplacas e miniparafusos. Essa técnica é indicada para pacientes com tábua óssea frontal espessa e pouca projeção.
A frontoplastia tipo III é uma técnica executada através da retira- da de uma porção óssea, que pode variar em tamanho de acordo com a anatomia de cada paciente, remodelação e reposicionamento segui- do de fixação por miniplacas e miniparafusos ou minitelas de titânio, de acordo com a experiência de cada cirurgião. Normalmente esse material em titânio não acarreta a nenhum tipo de transtorno e raramente necessita ser retirado.
Canto externo do olho
A feminização facial é a soma de modificações de pequenos de- talhes anatômicos. Um deles é o chamado eixo intercantal, que no gênero masculino é mais retilíneo quando comparado ao feminino. As técnicas para inclinação do canto externo do olho podem ser aplicadas, quando indicadas, no momento da frontoplastia ou de forma isolada após a cirurgia. A técnica modificada por mim en- volve a suspenção e amarração do canto externo do olho no sítio da frontoplastia.
Linha capilar
A linha capilar pode ter influência indireta na leitura de gênero. O formato dessa linha só poderá ser modificado pela técnica do transplante capilar, enquanto a altura pode ser modificada pela cirurgia de avanço do couro cabeludo. É muito importante deixar registrado que essa característica (linha de implantação alta ou não arredondada) pode estar presente em uma mulher cisgênero sem representar masculinidade.
As resseções temporais, também conhecidas como “entradas” podem ser amenizadas pela técnica do transplante capilar fio a fio (FUE) ou pela técnica do retalho de couro cabeludo (FUT).